Por Ricardo Veras
Senta aí e olha para mim. Você sabe que eu nasci em 1968 no chamado país do futebol, mas não lembro do Brasil campeão em 1970 e nem da Lusa em 1973. Foi amargando muitos quase da seleção e da Lusa que só em 1994, com 24 anos gritei campeão.

reprodução TV – ESPN
Eu acho isso um absurdo. Um adolescente tem que ser campeão. Depois não é a mesma coisa, vemos tudo com outros olhos, embora seja bom. Portugal então, nem sonhava ver. Me contaram sobre a boa campanha na Copa de 66, com o terceiro lugar e só. Em 86 foi um fiasco e nem pra Copas Portugal ia. Sou muito matemático. Na proporção de tamanho territorial e habitantes, não se podia cobrar muito.

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Daí contrataram o Felipão como técnico, naturalizaram o Deco e o Pepe e a coisa começou a fluir. Em 2004 perdemos a Eurocopa para a Grécia. Parecia uma chance única. Que nada! Você também acompanhou o crescimento, quarto lugar na copa de 2006 e daí em diante, sempre incomodando. Semi finalista da Eurocopa de 2012 e Campeão em 2016. Aquele gol maravilhoso em Paris contra a seleção da casa, no dia que quebraram o CR7. Você lembra.Daí você foi embora, e é por isso que falei pra você sentar na cadeira e olhar para mim. Surgiu um novo torneio europeu, a Nations League, um campeonato de seleções nos moldes de campeonato de clubes. E Portugal ganhou duas, das quatro edições até agora.



Em nove anos Portugal foi campeão europeu três vezes nestes dois moldes. O CR7 bateu todos os recordes possível. Em 2025 ergueu a taça com 40 anos. Portugal virou potência. É um gigante do futebol. Vou pegar um vinho e te contar em detalhes, pai.