Por Ricardo Veras
Escrevo mais rápido após uma vitória do que após uma derrota. A derrota carrega sentimentos negativos e não gosto de me precipitar. Hoje, após pensar e ler alguns artigos, concluo que existe uma visão geral de que a Lusa se repete e isto já cansou. Frases como “Estamos trabalhando”, “Estamos buscando soluções”, são verdadeiras. Mas ficar patinando nisto cansa, gera dúvidas e pior, tira a confiança no futuro à frente. Este campeonato tem mata mata.

Quem confia neste time numa etapa destas?Existem lemas do tipo ” O time tem que crescer durante a competição”, ” De que adianta disparar na primeira fase e levar um tombo depois”.Sou dos que querem que a Portuguesa dispare na primeira fase. Se cair depois, como a seleção de 82, paciencia. O fato é que a Lusa precisa ser encarada como o time de ponta desta competição.

Isso gera confiança no grupo, na torcida e cria o respeito dos adversários. E o momento é agora.Bolas cruzadas na área continuam dando calafrios. Gols perdidos em momentos decisivos tem causado preço altíssimo na tabela de classificação. Os erros são os mesmos, as narrativas, as mesmas e se lembramos bem, até os resultados de treinos de pré temporada. Haja empate. Só tivemos, se não estou errado, um treino com goleada contra a Inter de Limeira. De resto, até as explicações sobre dividir o treino em três partes.

Perder uma parte e empatar duas.Arthur Marin do Insta Rubro-verde disse algo interessante ontem: A série D é as cegas. Ninguém vê ninguém com antecedência. Mas o jogo Boa Vista X Portuguesa mostrado ao vivo, pode ter tido algo avesso. Todos os adversários podem assistir o vídeo tape, enquanto Boa Vista e Portuguesa não assistem nada dos outros.Ontem, comentei na cabine:

A Lusa sempre que fez 2 X 0, manteve o mesmo estilo de jogo e levou empates e até virada do São Paulo. O Água Santa fez 2 x 0 e depois, a retranca que conheço a meio século. Retranca que o tal estilo Heavy Metal diz não permitir. O comando da Lusa tem que conversar, agir rápido. Este time tem que criar pegada, impor-se, não mais em palavras, mas em ações.