Por Arthur Dafs
O treinador Rene Simões atualmente aos 70 anos de idade conversou com o Jogo em Pauta e contou sobre os novos desafios já vitoriosos em um clube novo no Rio de Janeiro. Trouxe a sua perspectiva sobre a reta final do Brasileirão e ainda comentou sobre as transformações no futebol brasileiro.

Foto: Reprodução – Facebook
Com uma vasta experiência em sua trajetória no futebol, Renê atuou por clubes como: Botafogo, Fluminense, Coritiba, Seleções de base do Brasil, Jamaica e Honduras. Renê Simões atualmente é o treinador do Zinza FC, um clube com uma história recente, fundado em 2022 pelos ex-atletas Renato Vilarinho e Claudia Richa, o clube carioca que tem em seu DNA a marca Zinzane, criada em 2002, empresa de roupa feminina e com grande destaque na moda.
O Sr. vê o futebol atual muito diferente se comparado há 20 anos. Dos anos 2000 para trás?
Um jogador corria de 4 a 5 quilômetros por jogo com campo de 110 x 75 m, com o árbitro decidindo o tempo todo. Atualmente um jogador chega a correr 10 km num campo de 105 x 68 m. O árbitro possui vários olhos e ângulos diferentes que o auxiliam. Atualmente os braços não são mais usados no equilíbrio de toda a área, a proteção da bola com o braço para evitar o adversário, acabou, o jogo ficou mais robotizado e foi tirado dos pés dos jogadores. Treinadores berram e narram todo o jogo à beira do campo, criatividade comandada não é criatividade.
Tanto que praticamente não se vê mais a torcida pedir mais um gol, em geral, ela está satisfeita com os três pontos e o drible quase desapareceu. Estamos deixando de ser espetáculo para sermos jogadores correndo e cumprindo somente com a sua obrigação. Ao fim do jogo, empunha se o celular e busca se os comentários da partida. Se forem negativos acabou a graça.
Como é a adaptação dos clubes, quando buscam uma marca parceira e se tornam clubes-empresas?
Há vários tipos de parceria, como o Red Bull Bragantino, Vasco da Gama, Botafogo e Cruzeiro – que se parecem. O Bahia possui um clube por trás da parceria, acredito que será diferente. O Coritiba organizou a casa e tem um grupo que buscará investidores para vender o clube por muito mais. Vejo que cada clube e direção agem de acordo com o seu desespero, pois ainda não há uma regra definitiva.
O atual campeonato brasileiro, o Sr. vê muito equilíbrio entre alguns times que buscam o título. Com uma visão mais distante dos clubes que disputam o troféu, qual a sua opinião sobre o Botafogo que perdeu a liderança na reta final.
Acho que nessa reta final Palmeiras e Botafogo serão os concorrentes. O caso do Botafogo se define na saída do Luiz Castro, onde tudo estava equilibrado, vem Caçapa e mantém tudo igual. Trocaram, e com a mudança o prejuízo foi grande.
Tivemos o episódio da queda da luz do estádio Nilton Santos no jogo contra o Athletico-PR e depois a virada do Palmeiras sobre o Botafogo. Se o Tiquinho tivesse feito aquele pênalti, nada disso estaria acontecendo. Agora vai depender do encaixe do Thiago Nunes com o grupo e o jeito de trabalhar. Ainda há chance para o time carioca, mas vejo o Palmeiras mais equilibrado.
Em relação ao Neymar e Endrick, Neymar ainda pode atuar na Seleção e o Endrick já está preparado para vestir a camisa da Seleção Brasileira?
O craque faz as coisas do seu próprio jeito e tempo. E os dois são, tão logo, depende deles e demais ninguém.
Feliz pelo retorno a beira do campo
O experiente treinador Renê Simões está de volta na beira do gramado, com novos desafios e conquistas motivadoras do jovem time carioca. Durante a final da Série C, Renê recebeu uma homenagem da Jamaica, ao seu retorno acompanhou a equipe do Zinza como Head Coach e após a conquista do título/acesso, Renê Simões foi oficializado como treinador principal do time. Renê se diz muito feliz com o seu retorno à beira do campo, o Zinza FC também conta com José Carlos Brunoro na função de Diretor de marketing esportivo do Zinza.