Por Ivan Marconato

É evidente que depois da Copa do Mundo Qatar, em 2022, a Seleção Brasileira de Futebol, a única pentacampeã do mundo, umas das equipes mais tradicionais da história do futebol no planeta, não tenha um treinador. Mas daí você, leitor do site Jogo em Pauta, da coluna Toque de letras argumentará que não haverá competições importantes no futebol mundial a serem disputadas, e que a próxima Copa do Mundo só ocorrerá em 2026. Etc., etc, etc.

Entretanto, pela primeira vez na história, e graças a ânsia da FIFA pelo dinheiro, o ciclo entre uma Copa e outra será mais curto. Seis meses mais curto. E, se levarmos em consideração esse tempo na preparação para uma competição importantíssima como a Copa do Mundo, a equipe pentacampeã mundial está perdendo tempo. E perdendo muito tempo.

Divulgação/CBF / Estadão

Afinal de contas, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ednaldo Rodrigues, quer porque quer um técnico estrangeiro no comando da Seleção Brasileira. Aliás, essa baboseira toda começou lá em 2014, quando o Brasil foi eliminado da Copa do Mundo em terras nacionais com uma goleada vergonhosa de 7 a 1 diante da Alemanha. E eu me pergunto, será que é para tanto?

Tite ficou dois ciclos no comando da equipe. Sem dúvida nenhuma, depois de levar o Corinthians a conquistar o Campeonato Brasileiro e o Paulista, o Mundial de Clubes e a tão sonhada e perseguida Copa Libertadores da América em 2012, foi o escolhido para comandar a Seleção. Unanimidade entre a imprensa esportiva e os torcedores à época. Entretanto, duas copas, sete anos depois, e duas campanhas absolutamente decepcionantes em Copas, seu nome passou de unanimidade a descartável.

Mohan/Dona Stadium Plus/Divulgação

E agora a CBF aguarda o italiano Carlo Ancelotti, que tem contrato com o Real Madrid, livrar-se do compromisso com os espanhóis para assumir a seleção. Sinceramente, é o treinador que deveria esperar a Seleção e não o contrário. A cúpula da CBF, colocou Fernando Diniz no comando do time, até que o italiano decida o que fará da vida. Enquanto isso, a seleção pentacampeã mundial rasteja em troca da boa vontade do técnico. Sem nenhuma necessidade a meu ver.