Héctor Castro: A história de um campeão do mundo sem braço

Por Luiz Morelo

Em algum lugar no passado…
Héctor Castro nasceu em Montevidéu, no dia 29 de novembro de 1904 e viveu na capital uruguaia como qualquer outra criança até os 13 anos, quando perdeu parte do braço direito em um acidente com uma serra elétrica, no seu trabalho como carpinteiro, necessário em função da situação humilde de sua família, que morava nos subúrbios de Montevidéu!  
Recebeu assim o apelido de Manco ainda na escola!
Sonhava com a medicina, algo interrompido com a tragédia, que o deixaria uma pessoa calada e melancólica, mas que conseguia manter conforto jogando futebol!
Jogando, conseguia rir das missões ditas “impossíveis”!
Mesmo com esse problema, o garoto não desistiu do sonho de ser atleta!
Após o drama, Héctor buscou no extinto Atlético Lito a chance de jogar futebol e aos 20 anos se transferiu para o Nacional do Uruguai, onde fez história e ganhou o apelido de “El divino Manco”!
O sonhador uruguaio continuou se destacando pelo clube e atraiu as atenções da Celeste, que passou a convoca-lo com frequência!
Antes de disputar a primeira Copa do Mundo, El Divino Manco ainda foi campeão de uma Copa América, em 1926, e ouro nos jogos olímpicos de 1928, na Holanda!
Em 1930, o treinador da seleção Uruguaia, Alberto Suppici, convocou novamente Héctor, que se tornaria o destaque da seleção e ajudaria a Celeste a conquistar o título mundial!
El Divino Manco foi o primeiro atleta uruguaio a fazer um gol em Copas do Mundo, o tento histórico aconteceu em 18 de julho de 1930, em partida contra o Peru, vencida por 1 a 0!
O atacante foi fundamental também na final do torneio, contra a Argentina, quando marcou um gol ajudando a Celeste a vencer a Copa!
Cinco anos após o título mundial e diversas conquistas pelo Nacional e Estudiantes de La Plata, Héctor, aos 31 anos, decidiu se aposentar dos gramados!
Em 1936, ele voltou as quatro linhas, mas para ser treinador, carreira em que também foi muito feliz e venceu o campeonato uruguaio de 1940, 1941, 1942, 1943 e 1952!

Em 1960, após muitos anos dedicados ao futebol, dentro e fora das quatro linhas e na direção da Celeste, Héctor Castro morreu, aos 55 anos, sendo o primeiro ex-jogador velado na sede do Club Nacional de Football!
O atleta é um dos maiores ídolos do Club Nacional de Football e da seleção Uruguaia, onde sempre mostrou raça e um futebol elegante!
O legado e o exemplo de El Divino Manco ficarão perpetuados na história do Uruguai e na história das Copas do Mundo.
Foto: Reprodução/DP/Google

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