Por Ivan Marconato
Olá, amigos, do Site Jogo em Pauta.
Em primeiro lugar, é importante ressaltar que é um imenso prazer estar de volta a esse prefixo. Pertenci a esse site entre os anos de 2015 e 2018, atuando ao lado de grandes companheiros, que têm o DNA do jornalismo esportivo no sangue. Arthur Dafs, Daniel Diomkinas, Mário Cardoso, Matheus Furlan, Luiz Máximo, e tantos outros grandes amigos. E voltar a escrever sobre esportes nesse espaço é motivo de muito orgulho e responsabilidade. Então nesse retorno vamos iniciar a temporada 2023 da coluna TOQUE DE LETRAS.

F: Meu Timão
E o assunto recorrente há uma década, principalmente depois da eliminação da Copa do Mundo de 2014 pela Seleção “brasileira é a nacionalidade do técnico. Depois dos 7 a 1 diante da Alemanha no Mineirão, em plena semifinal daquela Copa, em que foram definitivamente exorcizados os fantasmas da Copa de 1950. Finalmente deixaram Barbosa em paz. E a qualidade do treinador brasileiro depois daquele fatídico dia tornou-se uma constante nos comentários dos analistas de futebol.
Acontece que os clubes daqui passaram a “importar” técnicos de futebol do exterior sem o menor critério. A análise era mais ou menos essa: é estrangeiro? Presta, pode contratar. Nasceu no Brasil? Ah, é uma porcaria. Entretanto vários treinadores estrangeiros passaram pelo futebol brasileiro e desmentiram essa máxima com louvor. Vitor Pereira, Ricardo Gareca, Juan Carlos Osório, Edegardo Bauza, e tantos outros não me deixam mentir. É claro que não é preciso afirmar que o trabalho do português Abel Ferreira no Palmeiras, é exceção.
Vanderlei Luxemburgo, experiente treinador brasileiro, que já dirigiu grandes clubes daqui, atuando no futebol espanhol quando comandou o Real Madrid, e também a Seleção Brasileira é um exemplo, cuja trajetória vai do céu ao inferno em questão de minutos. Poxa vida, o cara é o recordista de campeonatos brasileiros, mas ainda assim é absolutamente questionado. E tal questionamento é reforçado pelo retrospecto. Nada favorável ao treinador.
Na sua passagem deste ano no Corinthians, Luxemburgo tem uma trajetória modesta. Foram 19 jogos, dez deles com resultado negativo, pouco mais de 30% de aproveitamento. Dentro do próprio Corinthians, Luxemburgo não possui o mesmo respaldo de outrora, e é questionado por conselheiros e diretores. Pergunto: será que é para tanto?
Afinal de contas, Luxa ganhou o Campeonato Brasileiro por cinco vezes, têm também 15 títulos estaduais por diferentes clubes , uma Copa América e um Torneio Pré-Olímpico comandando a Seleção Brasileira. Tal currículo não o qualifica a comandar o Corinthians ou qualquer outro grande clube brasileiro. Ou para você Luxemburgo é um treinador Ultrapassado? E aí torcedor?