O Rugby na África do Sul,exemplo de uma transformação social

Por Jogo em Pauta – Informações ESPN.com

Nós da equipe Jogo em Pauta sempre recordamos momentos marcantes do esporte pelo Brasil ou pelo mundo, ou seja, algum fato transformador ou notável vivido por uma sociedade. Tendo o esporte como um instrumento de agente transformador perante algo terrivelmente danoso e presente na convivência de um povo. Trata-se da segregação racial estrutural que existia na África do Sul.

F: World Cups

Bem, voltamos a época de meados dos anos 90 na África do Sul, um fato inédito ocorria na política daquele país em 1994, simplesmente um fato histórico. Pois Nelson Mandela após muitos anos na prisão retornava ao poder e a política, conhecido por muitos como “Madiba” ele era o então presidente do país, sim um homem negro que buscava em um dos seus principais objetivos: a extinção da segregação racial no país, pois para ele os negros também tinham que ter os mesmos direitos que os brancos. E assim, o presidente Mandela utilizou uma das maiores armas sociais: o esporte, para enfrentar o tal terrível problema social.

O Rugby se tornou uma referência de transformação na sociedade da África do Sul, tendo como retrato principal o foco em busca de uma redução da segregação racial estrutural presente naquela região sul-africana.

E assim, Mandela obteve o sucesso através do rugby, conseguiu com essa modalidade esportiva unir negros e brancos numa mesma torcida e principalmente o time da Seleção em campo e em toda a competição. Demonstrando como o regime do apartheid dividia por décadas uma nação (1948 a 1994) e o quanto esse fato era socialmente e humanamente condenável, e opunha a visão de Mandela em relação ao desenvolvimento social, econômico e histórico da República da África do Sul.

Em 25 de junho de 1995, foi realizado a final da Copa do Mundo na África do Sul – houve na ocasião um apoio dos 62 mil torcedores no tradicional Ellis Park, na cidade de Johannesburgo – na grande final da Copa do Mundo de Rugby contra a Seleção da Nova Zelândia.

Um dos destaques na Copa e especialmente na final estava no comando da equipe, o capitão François Pienaar, além dos 62 mil torcedores presentes na memorável conquista do Springboks (apelido da seleção sul-africana), destaque também para uma partida perfeita do lyhalf  Joel Stransky, autor de todos os pontos da equipe no jogo – o que decretava o inédito título sobre os All Blacks na prorrogação por 15 a 12.

Na entrega do troféu o presidente Mandela entregou a taça da Copa a Pienaar no Ellis Park. No diálogo, o político agradeceu o empenho da seleção na conquistar do título. O atleta respondeu de imediato: “Obrigado a você, senhor presidente”.

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